tag:blogger.com,1999:blog-53916229312877482142024-03-14T00:27:03.360-07:00Euber FerrariEuber Ferrarihttp://www.blogger.com/profile/18021889753403485400noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-5391622931287748214.post-29207536897180677642010-01-31T08:51:00.000-08:002010-02-24T18:30:24.724-08:00Revoluir<div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span class="Apple-style-span" style="font-size:-webkit-xxx-small;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:16px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:-webkit-xxx-large;"><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:16px;"></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; line-height: normal; "><span class="Apple-style-span" style="color:#3366FF;"></span></p><span class="Apple-style-span" style="color:#3366FF;"><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;margin-bottom:0cm;margin-bottom: .0001pt;line-height:normal"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">De quantos passos afinal precisamos pra estarmos do outro lado?<br />E por que sempre que chegamos ao outro lado, o outro lado passar a ser o lado que acabamos de deixar?<br />Não foi ontem que eu aprendi que bastava apenas um pau pra se fazer uma canoa e que é a jangada que é feita de vários troncos amarrados por um cipó.<br />Afinal de quantos tombos precisamos pra aprender a andar?<br />Quantas palavras pela metade, dizemos até aprendermos a falar?<br />Quantos lápis coloridos nós perdemos ou esquecemos debaixo da carteira na escola?<br />Não foi ontem que fiquei de castigo no canto da sala pela primeira vez.<br />Não é de hoje que se sabe que deus é um mistério, que não foi "feito" pra ser entendido.<br />Há muito já é sabido que o que se sabe foi feito pra isso e o que não é também foi.</span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;margin-bottom:0cm;margin-bottom: .0001pt;line-height:normal"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">E se falarmos de evolução?<br />De quantas dores nas costas o homem precisou pra aprender a andar ereto?<br />Quantas indigestões ‘ele’ teve, até resolver cozinhar e temperar a carne?<br />Quanta morte fabricou e sofreu até dominar o mundo?<br />Quantas teorias foram necessárias para ensiná-lo que deve dominar e subjugar os outros?<br />Quanto massacre precisou cometer pra dominar outros povos, e construir seus ideais hegemônicos?<br />E quantos massacres o homem atual precisou cometer pra consolidar e continuar a briga por essa hegemonia?<br />E de quantas desgraças propositadas precisou para acontecer a "evolução" do homem?<br />De quanto tempo precisamos pra nos livrarmos de todas essas convicções e, darmos nós mesmos, mais um passo para a evolução?</span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;margin-bottom:0cm;margin-bottom: .0001pt;line-height:normal"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">A evolução do ser humano, enquanto ser sensível e pensante consiste apenas em, afastar-se do restante do mundo, trancar-se dentro de si por alguns instantes, revirar todos os anseios e valores adquiridos ao longo da vida e pensar: eu realmente preciso fazer tudo o que estou fazendo?</span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><br /></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"> </span></span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Pra evoluir é preciso repensar todas as convicções, crenças e direções.<br />Reciclar os sonhos abandonados. Reinventar tantos costumes e manias.<br />Reconhecer a si mesmo, no sentido literal da palavra, de revisitar os "lugares internos" visitados antes e não desvendados por inteiro, ou talvez desvendados, mas que se modificaram sem terem sido percebidos.<br />É linda a possibilidade de mudar.<br />Reinventar todas as metas que no fundo não são necessárias e que não condizem com a alma pulsante que há em cada um.</span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;margin-bottom:0cm;margin-bottom: .0001pt;line-height:normal"><span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:georgia;">Questionar a ordem das coisas é muito mais que uma questão de subversão ou marginalidade.<br />Questionar é uma questão de evolução. A evolução do caráter e da convicção, dos rumos humanos.<br />Questionar é planejar fabricar uma nova estância, um novo destino, um novo caminho.<br />É o primeiro passo a se dar a caminho da revolução e revolucionar é apenas uma forma de<br />reinventar a maneira das coisas evoluírem.<br /><br />Pra questionar é necessário se reinventar, se redescobrir, entender o mundo em que estamos, e para isso entender antes quem somos, e o que fazemos de realmente necessário aqui. E então passarmos a fazer o novo, fazer as coisas da forma 'neo-nata'.<br />Fazer de fato a conversão imaginada no momento de reflexão interior e daí então evoluir.<br />Construir um mundo novo.<br />Pra construir uma nova ordem é necessário evoluir a si mesmo, é o primeiro passo.<br />É descobrindo quem se é, que se entende o mundo em que se está e se descobre a podridão que mantém este 'vivo' e se inventa a forma de derrubá-lo e reconstruí-lo.<br />Reinventar as coisas é necessário e se faz urgente.<br />Mas antes é necessário evoluir e a evolução do ser humano consiste apenas em afastar-se do restante do mundo, trancar-se dentro de si por alguns instantes, revirar todos os anseios e valores adquiridos ao longo da vida e pensar: eu realmente preciso fazer tudo o que estou fazendo?</span></span> </span></p></span><p></p><p></p><p></p></div>Euber Ferrarihttp://www.blogger.com/profile/18021889753403485400noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5391622931287748214.post-19311455526594473722010-01-08T14:49:00.000-08:002010-01-17T15:01:52.562-08:00Pra não dizer que não falo de amor<span style="font-weight:bold;">Do dicionário: </span><span>Amar</span><span style="font-weight:bold;">, </span><span><i>v. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">tr</span>. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">dir</span>. </i>Ter ou sentir amor, estar enamorado, estar apaixonado - <i>Sofre muito quem ama.</i></span><div><br /></div><div><span><i></i> Amor, sem as definições do dicionário que costumam ser conservadores, que nos dão apenas as definições duras e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">tesas</span> das palavras, mas com a minha pobre definição apenas, é negação.</span></div><div>Se amar pode ser afirmação da existência de amor, esse antes de mais nada é negar.</div><div>É optar por renunciar coisas que o amor do dicionário não ousa renunciar.</div><div>Se na língua portuguesa (lembrando que sou leigo em <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">etimologia</span>) a letra 'A' na frente da palavra significa ausência de algo e a palavra 'mor' em linguagem poética significa maior, posso eu acreditar (se quiser) que amor é ausência de grandeza, é ausência da necessidade de ser superior. Amar é ser um tanto quanto menos egoísta ou ganancioso.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Ama a arte aquele que a coloca acima de si próprio.</div><div>E a faz com excelência aquele que a ama.</div><div>Aquele que toma o humilde cuidado de forjá-la com as próprias mãos, que valoriza o sofrimento de fabricar algo que o sentido ultrapasse a compreensão humana.</div><div>Um livro não traz apenas as mensagens que suas palavras carregam. Há para o verdadeiro artista algo muito maior que isso, nas entrelinhas da obra.</div><div>Há numa pintura, um sem número de cores imperceptíveis aos olhos, mas que o artista as coloca cuidadosamente em seus lugares e só a própria alma dele saberá reconhecê-las.</div><div>Em cada acorde de uma composição musical há uma sofreguidão, uma avidez por fabricar o maior, que é finalmente tida como prazer no momento em que tal obra de arte é apreciada pelos ouvidos do próprio artista.</div><div>E nos gestos que o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">ator</span> construir sempre deverá haver a compreensão de que aquilo que está no palco é algo acima dele, a personagem seja ela quem for, é sempre mais importante que a figura e a estética do corpo do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">ator</span>. Há na construção de uma personagem um sentimento inexplicável de descontentamento com qualquer resultado que não oculte a sua <i>"auto-figura"</i>, há uma corrida por entre espinhos, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">prazerosa</span>, beirando o sadismo, em busca da figura que deverá ser a nova inquilina do corpo do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">ator</span>. Há um desprezo às suas maneiras, aos seus trejeitos. A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">ator</span> deve nunca amar mais a sua figura <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_11">debaixo</span> dos holofotes do que a figura absoluta da personagem. É um <i>"</i><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12"><i>desamor"</i></span> a si próprio substituído pelo amor<i> </i>à alguém que nunca se viu e em verdade nunca existiu. É sofrer pra criar e amar o que cria.</div><div><br /></div><div>É a <i>arte</i> de se colocar como serviçal daquilo que mais ama.</div><div>Amar a arte é ter a <i>humildade,</i> o <i>desprendimento</i> necessário para nunca encontrá-la perfeita ao terminá-la e se dar o trabalho de começar de novo, sempre rumando a perfeição, embora carregando na alma a certeza de que jamais a alcançará.</div><div>É colocar-se mediante o julgo alheio, estando sujeito a todas as formas de críticas e mesmo assim entregar-se.</div><div><br /></div><div>Se amar pode ser afirmação da existência de amor, esse antes de mais nada é negar.<br />Amar é ser um tanto quanto menos egoísta ou ganancioso.<br /><div>Ama a arte aquele que a coloca acima de si próprio.</div><div>E a faz com excelência aquele que a ama.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>(Peço perdão aos estudiosos de linguística e etimologia que consideraram uma ofensa à língua, a minha análise da palavra amor, como disse, essa é livre de regras e foi criada apenas por mim e minha mente libertinosa)</div></div>Euber Ferrarihttp://www.blogger.com/profile/18021889753403485400noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5391622931287748214.post-57773933572775168472009-12-30T09:56:00.001-08:002009-12-30T09:56:31.265-08:00Encontro(le)Quem é você afinal?<br />A que passos você segue? A quantos passos você anda?<br />Quem é que controla tudo isso a que chamamos VIDA?<br />Há por acaso um senhor de todas as coisas controlando todos os atos e conseqüências com linhas de marionete super obedientes?<br /><br />A realidade assustadora de que não há ninguém no controle, o absoluto é apenas uma energia que nos mantém vivos e nada mais.<br />Não há um intelecto super responsável por tudo o que acontece e acontecerá na vida.<br />Há uma única realidade que é: É você por você mesmo e tem que assumir o controle.<br /><br />O que é o teu sagrado e de onde você tira tais valores morais, éticos, estéticos, étnicos, técnicos?<br />Há uma alma em mim que não condiz com a andança universal pra um único caminho controlado pelo descontrole da própria humanidade. Há na cria um leve traçado de um criador desconhecido que ninguém nem sabe ao certo se do bem ou do mal.<br />E se desconhecido tal criador é, que razão nos sobra pra crer que esse é quem deve controlar as conseqüências e as antisequências de nossa tão breve existência?<br /><br />É preciso ter um pulso um pouco mais firme quando se trata de nós mesmos, abandonarmo-nos ao acaso e esperarmos que uma força superior e desconhecida providencie as delícias, as belezas, os sonhos, as conquistas distantes é no mínimo um desperdício tamanho do poder gigantesco que tem a fagulha que nos dá VIDA.<br /><br />É preciso um tanto quanto mais de amor e também de ódio. É preciso um tanto quanto mais de alegria e um leve toque de tristeza. É preciso antes de mais nada a possibilidade de amar, de odiar, de se sentir alegre e triste. É preciso acima de tudo saber sentir e querer sentir a doçura que tem cada uma das sensações por mais opostas que sejam, é preciso estar aberto à tais êxtases nunca antes experimentados em estado pleno, é preciso acima de tudo amor, amor ao ódio, amor à alegria, amor à tristeza, amor à curta chance de amar.<br /><br />Tomar o controle pra poder amar, amar pra poder estar no controle.Euber Ferrarihttp://www.blogger.com/profile/18021889753403485400noreply@blogger.com2