quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Encontro(le)

Quem é você afinal?
A que passos você segue? A quantos passos você anda?
Quem é que controla tudo isso a que chamamos VIDA?
Há por acaso um senhor de todas as coisas controlando todos os atos e conseqüências com linhas de marionete super obedientes?

A realidade assustadora de que não há ninguém no controle, o absoluto é apenas uma energia que nos mantém vivos e nada mais.
Não há um intelecto super responsável por tudo o que acontece e acontecerá na vida.
Há uma única realidade que é: É você por você mesmo e tem que assumir o controle.

O que é o teu sagrado e de onde você tira tais valores morais, éticos, estéticos, étnicos, técnicos?
Há uma alma em mim que não condiz com a andança universal pra um único caminho controlado pelo descontrole da própria humanidade. Há na cria um leve traçado de um criador desconhecido que ninguém nem sabe ao certo se do bem ou do mal.
E se desconhecido tal criador é, que razão nos sobra pra crer que esse é quem deve controlar as conseqüências e as antisequências de nossa tão breve existência?

É preciso ter um pulso um pouco mais firme quando se trata de nós mesmos, abandonarmo-nos ao acaso e esperarmos que uma força superior e desconhecida providencie as delícias, as belezas, os sonhos, as conquistas distantes é no mínimo um desperdício tamanho do poder gigantesco que tem a fagulha que nos dá VIDA.

É preciso um tanto quanto mais de amor e também de ódio. É preciso um tanto quanto mais de alegria e um leve toque de tristeza. É preciso antes de mais nada a possibilidade de amar, de odiar, de se sentir alegre e triste. É preciso acima de tudo saber sentir e querer sentir a doçura que tem cada uma das sensações por mais opostas que sejam, é preciso estar aberto à tais êxtases nunca antes experimentados em estado pleno, é preciso acima de tudo amor, amor ao ódio, amor à alegria, amor à tristeza, amor à curta chance de amar.

Tomar o controle pra poder amar, amar pra poder estar no controle.

Música Livre - Consciência - Galdino